Se apenas esta noite eu pudesse dormir num colchão coberto de rosas e que lá residisse um belo reino de sonhos.
Se essa noite eu pudesse me jogar pela janela que se abre ao meu lado nesse quarto selado e frio. A chuva entra, ainda fraca, em parcas e finas gotas. Porem não me jogo.
Sinto vozes de anjos, acordes de um mundo distante, já a muito tempo sei que as portas do paraíso não se abriram mais a minha chegada... Muito longe estou, perdido, mas ainda não vencido.
Pouco resta alem desses desejos de uma noite de sono. Imagens agradáveis dançariam em meu imaginário enquanto descanso os meus casados olhos.
Coberto por uma manta aveludada, sentido a pele tocada por rosas sem espinhos, indo mais e mais fundo no oceano profundo e escuro do inconsciente... Dormir... Respirar... Continuar a descansar... Dormir, apenas...
Estou vazio. Não há sonhos. Nem chamados angelicais. Apenas olhos vermelhos flamejantes. A chuva cai, como lagrimas de um céu entristecido mostrando o fim do caminho... Gotas batem na janela... Frio e vento... Suspiros... E nada mais alem do concreto que permeia no meu peito e a sensação que a solidão não é apenas um estado de espírito, mas sim a realidade pungente da vida... Real, abrangente, a vida é a solidão e ponto.
Só a mortalha do fim, botaria um ponto final em tudo isso...
domingo, 10 de agosto de 2008
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