terça-feira, 29 de julho de 2008

confissão

No fim das contas, nada leva a nada.
Tudo não passa de palavras
Apenas palavras
Não entenda.
As coisas não fazem sentido
Não procure respostas onde só existe vazio
Estou confessando...
Mas essas palavras não significam nada

sábado, 26 de julho de 2008

o cortejo

Espiando pela fresta da porta, vejo a chuva cair sobre um cortejo, seguindo para o funeral de alguém. Todos de preto, cabisbaixos, o ar cheira a melancolia, dia frio. Desfilando, num velório de tristes relações, enquanto os seus sapatos se encharcam com a água que desce pela rua. Caminham devagar. Olho para ele com pesar. Depois que eles se vão, acabam desaparecendo na chuva, fecho a porta.

adeus galera do mal

e eles ficavam o fim do dia dessa maneira, encostados na parede, olhando para rua, passando um fumo de mão em mão, aqueles quatro meninos se divertiam naquela epoca. Greg, Fê, Junior e Pepo. Todos apelidos, mas seus nomes veradeiros nessa confraria juvenil. So assim eles se sentiam completos, esperam ansiosamente todos os finais de anos para se reencontrarem e tricarem experiencias, para passarem as ferias tendo aventuras e tendo suas primeiras grandes tudo pela primeira vez. O primeiro cigarro. O primiero beijo. A primeira vez. A vida que se abria a cada segunda e mostra novidades antes nunca antes exploradas. O radio ligado alto clamava hinos de rebeldia, canções que falavam de revolução, de amor e de salvação na perdição, puro rock, gostavmos da musica, mas não acreditavam no amor, na revolução, na rebeldia, e muito menos na salvação. Sabiam o mundo que viviam. Um mundo cinza, sem divisoes entre preto e breanco, certo e errado, bom e ruim. Não existe isso. Ja estavam crescidos o suficiente para saber disso. Mas naquele momento não discutiam isso. Pouco importava isso. Estavam vindo no paraiso, ou pelo menos em seus paraisos particulares, artificias e momentaneas, mas prazerosos enquanto duravam. De dezembro a março. Depois a vida voltava a mesma chatice de sempre. Não havia preocupação nesse momento. nem relações que se desgastavam e traições. Nem corações partidos e promessas quebradas. Nem trabalho e uma serie de responsabilidades. Nem morte e perdas. So haviam eles. O verão e eles.
A vida era curta disso sabiam e isso não duraria para sempre o tempo passaria e tudo mudaria. mas ate isso acontecer. eles viviam esse momento, com o cigarro, com as aventuras, com as baboseiras que falavam, com a troca de experiencias. O tempo passava, mas naquele momento tudo parecia estatico e eles desejavam secretamente viver assim para sempre.
Bons tempos aqueles.
Os familiares chamam. Hora de jantar. Ate amanha.
Mas o amanha nunca veio. Os dias ensolarados acabaram. E eles nunca mais foram os mesmos. So sobraram a imagem desses momentos em suas mentes. E sempre vai haver, sempre lembram dos dias em que eles quase pararam o tempo e tudo parecia ser apenas diversão.
( adeus galera do mal! a gente se ve amanha)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Problemas

Peço desculpas pelos espaços vazios sem nada escrito. Estou numa fase de paginas incompletas e grandes espaços em branco. Um imenso vacuo tomara conta de tudo que me rodeia. Ate essa fase passar nada será escrito. Obrigado por terem lido as minhas besteiras. ate uma proxima

terça-feira, 15 de julho de 2008

poeminha de uma coisinha chamada amor


Era quarta-feira.
Era noite
A lua reluzia e brilhava
O manto negro e imenso que cobria nossas cabeças
Parei e te encarei
Apontando diretamente para seus olhos
O rosto que enxerguei retribuía meu olhar
Do jeito que mais desejava naquele momento
Dos seus lábios escutei um ultimato
“Vê se não fode com tudo dessa vez, ta bom?”
Sorri e aceno de maneira afirmativa com a cabeça
Este é uma promessa
Selamos nosso pacto
Selamos com um longo beijo
Nos beijamos sem nos importar se alguém nos via
Essa era a promessa
Prometo isso a aquela linda lua brilhante lá em cimaNaquele céu grande e pouso estrelado

explicar. sentir.amar.

Era difícil tentar explicar o que sinto... No momento sinto um vazio, um buraco, oco e profundo no peito. As coisas parecem difusas, a arte abstrata, o que significa isso?
Brumas, uma eletricidade que atravessa meus nervos, uma fumaça embaça os meus sentidos, não sei o que vejo, então, quase cego, dependo apenas das vozes na minha cabeça. Difuso. Quase errático. Os dias parecem estar estáticos, quase não passam. Perdido num vortex temporal. Entre o espaço e o tempo, entre dois momentos, o passado, os segundos que lembro dos seus toques e o adocicado gosto de seus lábios, e o futuro, cheio de incertezas e indecisões. Preso no meio, o presente, composto pela solidão e a saudade e falta que você me faz com a sua partida momentânea.
Um limbo cinza, preso numa sala sem portas e janelas. Vertigem. Caindo e caindo... Cada vez mais profundo. Está tão escuro. Desperte. Estou tão sozinho. Acorde. Estou muito assustado. Continuo preso no mesmo quarto antigo sem vida. Escutando vários barulhos. Sussurrando graves chiados bem perto do meu ouvido. Eu posso sair, mas preciso de ajuda. Aguardo o seu regresso, ate lá, eu estou aqui esperando, suspirando a cada segundo e esperando....

segunda-feira, 14 de julho de 2008

nomes na lista

Bukowski
Kerouac
Kafka
Camus
Burroughs
Shepard
Beckett
Ferlinghetti
Thompson
Shakespeare
Ginesberg
Fante
São estes
E muitos outros
Não haveria espaço para todos serem citados
Mas eles estão aqui
Me acompanhando
Eu fiquei mais sábio, rido, seguro de mim mesmo, mais feliz? Bem, a resposta é um imenso NÃO.
Mas eles me entretem.
E isso é o que me importa.

domingo, 13 de julho de 2008

Bom dia, vida

Se existe uma hora do dia que eu não suporto ficar sozinho é quando acordo.
O abrir lento e desajeitado dos olhos. Os raios solares entrando por uma pequena fresta da janela. Aquele gosto acre e amargo na garganta. A saliva que se acumulou com o passar da noite na sua boca. O especo incomodo vazio ao seu lado da cama. Aquele espaço em branco, aquele buraco na sua vida. A área incompleta no seu coração que a cada dia parece mais endurecido e triste.
Levantar ou não?
Enquanto as ultimas imagens dos sonhos se apagam como brumas no vento forte na sua cabeça, o despertar se torna real e amargamente tangível. Prognostico do dia: chuvoso e melancólico para mim e ensolarado para o resto do mundo. Nada excitante que faça pular da cama ou urrar de alegria.
Duas alternativas
1) Seguir em frente – como sempre faço
ou
2) desistir. Que a minha cama se torne a minha tumba
Antes da escolha, a cama se cansa do peso natimorto do meu corpo e me expulsa, sem do nem piedade. Quando dou por mim, estou parado, me admirando no espelho do banheiro, com os pés nus no ladrilho frio e tentando reconhecer o reflexo que se projeta a minha frente.
O dia esta ensolarado, céu azul piscina de grã fino e com nuvens em forma de algodão doce. Caralho, só falta à porra dos passarinhos verdes cantando doces e maravilhosas melodias por ai. Uma arma. Eu preciso de uma arma. Ou veneno. Ou apenas um corda. Grande coisa, o dia esta lindo, o que isso importa? Me importa? Te importa? Quem se importa com essa merda? Não importa. Nada importa.
Ponto zero do dia: eu com a escova na mão, na frente da pia do banheiro. Aqui onde tudo começa. A pasta na escova. A escova nos dentes. O atrito das cerdas com os dentes sensíveis pela ranger da noite. Abrir a torneira. A água na boca. Gargarejo. Cospe a água misturada com pasta. Sorri para a imagem a sua frente. Dentes limpos e saudáveis. Toalha. Secar o rosto. Privada. Evacuação matinal. Limpar. Descarga. Banho. Abrir torneira. Água morna, por favor. Água caindo pelo corpo. O resto do sono indo pro ralo junto com a água. Água batendo na cabeça. Aliviando a tensão matinal. Fechar torneira. Novamente toalha. Corpo seco. Quarto. Roupa limpa. Se vestir. Ir a cozinha. Café. Perto como a noite e doce como beijo roubado. Ditado da vovó. Goles rápidos. Quente. Bom. Despertar total. Cafeína no sangue. Chave. Sair de casa. Pra onde? Qualquer lugar. Nenhum lugar. Apenas sair. Elevador. Botão do elevador. Esperar. Ele chega. Abre a porta. Entra. Botão para descer. Espera ate chegar no hall. Sai para o hall. Via para rua. Na rua o dia. O sol. As pessoas. O carro. O barulho. O sol no rosto. Caminhar. Cotidiano. Vida. Bom dia , vida.

sábado, 12 de julho de 2008

o vento

O vento gelado está forçando a entrada pelas frestas da minha janela. Sinto ele bater de leve na minha face, apesar do calor e de estar suando que nem um porco agonizante. Ele uiva que nem um lobo para a lua. O vento. O doce e gelado vento.
Estou deitado. As janelas e a porta fechada. Durmo dentro de uma estufa e não me importo.
Como sempre não consigo dormir. Escuto barulhos pela casa. Passo as noites suando, deitado insone, escutando fantasmas rondando a casa na escuridão e o uivar selvagem do vento lá fora que deseja desesperadamente entrar nesse quarto.

dez e meia de um sabado a noite ( escutando The Cure nos fones)

Olho para o relógio. O lento passar das horas. 10:30 da noite. Sábado à noite. 10:30 de um sábado à noite. E eu aqui. Escutando o tic, tac do relógio. O silencio na casa é de arrepiar. A torneira pinga, pinga em algum canto da cozinha. E aqui estou eu. Sentado. Sob a luz fraca do quarto, sentado. E eu sei que na cozinha a torneira pinga, pinga e o relógio faz tic, tac sem parar. E o tempo passa. Mas não parece. E o telefone não toca. Só silencio. Silencio total e mórbido. Não, minto. Total não. O silêncio não é completo. Posso escutar o pinga, pinga da torneira da cozinha e o tic, tac do relógio que quebra esse silencio mórbido, mas que não é total. Mas o telefone, nada. Sentado sob a luz fraca do quarto, eu espero ele tocar. Ele, o telefone. Mas ate agora nada. Só tic, tac e pinga, pinga. Tudo que eu quero é conversar. Mas não há nada, nem ninguém envolta. Ninguém com quem conversar. E nenhum barulho, alem do pinga, pinga na cozinha e o tic, tac do relógio. Muito menos o tocar do telefone. Nada de trim, trim. Ou outro desses barulhos. So o tic,tac e o pinga, pinga da cozinha. Fico imaginando onde ela poderia estar. Aqui comigo que não é. Estou sô, sob a luz fraca do quarto sentado esperando que o telefone toque. Olho fixamente para ele, me concentrando nele. Ele, o telefone. Mas é ela que me vem a cabeça. Sempre ela. Sempre ela. Ela que não esta aqui. Ela o motivo deu estar aqui, sentado sob a luz fraca do quarto, as 10:30, perai, não, 10:31 de um sábado a noite, esperando o telefone tocar e eu atender porque será ela que estará do outro lado para conversar comigo. Ela que não liga. Ela liga para fazer ele fazer barulho. Trim, trim. Ele, o telefone. E ele que não faz trim, trim. So fica lá. Estático. Sem barulho algum, em silencio, só escuto o pinga,pinga da cozinha e o tic,tac do relógio. Ainda estou chorando por causa de ontem. Sob a luz fraca do quarto, as lagrimas empapam meu rosto inchado e vermelho enquanto fico sentado esperando que o telefone toque e que ela esteja do outro lado para falar comigo. Olho para o relógio que continua com seu constante tic, tac. 10:32 da noite. Uma sábado a noite. 10:32 de um sábado a noite. E eu aqui, sentado, com a face empapada pelas lagrimas que escorrem, sob a luz fraca do quarto, esperando que o maldito telefone toque, imaginando onde diabos ela esta, mas nada do telefone tocar, o único som que escuto e do pinga, pinga da cozinha e do tic, tac do relógio e mais nada...

O tempo passa...

Sabado a noite. Ninguem liga. Indecisão. Todos morreram? Não importa. Se esqueceram.Nada para fazer. Não existe. Nulo. Então se deita no meio do quarto. Não na cama. Mas confortavel. Mas sim no gelido chão empoerado do quarto. Senti frio nas costas. So que fica assim. Deitado, com as costas nuas, sentido frio. Parado. estatico. Sem nada para fazer. Olha para o teto. No escuro e silencio do quarto. Nada para faze alem disso. Pensa em inventar algum coisa, algum tipo de jogo ou quem sabe poderia pegar o telefone e procurar alguem disponivel, mas agora que ja esta deitado fica ali, jogado no chão frio, olhando estatico, quase hiponotizado para o teto. Fica escutando, de longe, os sons vem pela janela. Gritos e conversas. gargalhadas. Miados. O som de musica ( festa?). mais gritos. Tiros. De onde? do morro? ou daesquina? Fica parado, escutando? a unica coisa que faz é respirar. Deitado, estatico, sentido frio, escutando sons longuiquos, tentando identificar esses barulhos, um por um, admirando o teto que admira de volta, respirando. Então pensa: quanto tempo eu posso ficar assim? E assim ele fica. Se desafia. e pela noite adentro apenas respira no escuridão do qaurto sentido frio do chão em suas costas, deitado, desconfortavel, escutando e tentando saber o que significam e de onde vem, e sua respiração indo e voltando enquanto olha para o teto, admira e respira e assim o tempo passa...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Em Branco

Há dias que nada acontece. Esse é um deles. Mas exatamente, hoje, uma sexta a noite e ate agora nada realmente aconteceu o dia todo. Passei o dia todo vagando, quase que vagabundeando, sem destino, sem nada real para fazer. Me senti perdido. Em busca de algo, algo que me excitasse. E não falo de drogas e putas baratas. Eu falo de algo mais. Nas férias todos os dias parecem um domingo, que nem aquela musica do Morrissey, ou seria The Smiths, sei lá. È como se tudo fosse algo sem graça e continuo, um cotidiano sem surpresas. A ausência de algum acontecimento. Nada ocorre. Tudo parece apenas fluir. Escorrer e nada se pega. O tempo passa, e não se percebe, não há velocidade na passagem de horas, minutos, segundos, o tempo transcorre e a vida vai em frente sem nada evoluir ou melhorar. Só o tic e tac imponente do relógio marcando horas e um tempo que eu não mais terei. Me sinto esvaziado, sem motivação ( sem mais motivação do que o normal e motivação é um produto quase inexistente na minha existência). Estimulos quase nulos. Tv, DVD, filmes, tv a cabo, cinema, peças, exposições, amigos no telefone, orkut, fofocas, o sol brilhando lá fora. Nada disso parece ser o suficiente para me tirar desse estado catatônico. Tela em branco e o nada que se repete. Dias em branco, cheios de nada a fazer e nada a desejar, não há mesmo escuridão, nem pensamentos sombreados e com pitadas de negrume e cinza escuro, só a brancura da indiferença e a vastidão gélida do nada. Ou talvez sejam desérticos. Quem sabe? Pouco importa. O avanço da pessoa, do ser em si, avança e as horas, que não param por nada, continuam a cavalgar sem tempo a perder. Tento preencher meu tempo com palavras para que pelo menos esse blog e essa pagina não fique em branco. Assim passam as férias na ilusão de que algo vá acontecer, mesmo que não seja nada, so algo que preencha esse nada que me invade e que supra algo mais que essa brancura todo. Uma mancha, um borrado. Letras. Frases desconexas. So para tirar do nada algo. So para dar vida a vida. A minha vida. Sentido talvez. Seja isso que procure. E não palavras eu procuro algum sentido. E não desejo que fique me branco.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Coisas da vida

E não é que a vida me apronta das suas de novo... quando eu me imaginei na reta final do meu trabalho, ja tendo ate um discuros de despedida preparado e tudo, não é que meu chefe me chama e fala que eu fui promovido. Passei de monitor a monitor-chefe ( algo como coordenador, mas sem o nome de coordenador) na produtora emq ue continuarei a trabalhar por mais um periodo. É mole. Bem, essas são as coisas da vida não é mesmo... Talvez eu devesse celebrar. Ou talvez não. Ja faz mais de dois anos que eu trabalho lá, e ate agora eu fui o unico que me mantive, mais por insistencia e falta de oportunidades do que merecimento ou evolução no meu trabalho. Bem, eu não sei, so volto a trabalhar no mes que vem, então ate lá, é hora de vagabundear um pouco... e deixar as coisas de lado, me preocupo com o que vira no proximo mes.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

esperança é apenas uma palavra desconhecida

Nos dias mais dourados e ensolarados, havia aquilo que as pessoas normais chamam de esperança. Hoje esperança é apenas uma palavra. Apenas isso. Não significa muito pra mim. Houve tempo onde sonhos pareciam realizáveis e tangíveis. Agora eles se dissolvem e escorregam que nem areia entre meus dedos. Parecem inalcançáveis como tocar as nuvens gordas e brancas como neve lá no céu azulado de uma bela manha. Hoje não há muita coisa em qual se agarrar. O navio bateu num iceberg e afundou, os ricos se salvaram com os poucos botes salva vidas, os pobres morrem afogados e congelados pela água fria junto com os restos e os ratos. O navio se chamava futuro. Quem sobreviveu se agarrar nas bóias e espera por um ajuda que não vira. Futuro é apenas o dia de amanha. O cotidiano cada vez mais chato, o buraco continuo e constante que não para de aumentar.
Na era de ouro havia crenças e fé nos dias que viriam. Havia um certo Deus que cuidava da gente que nem um pai amoroso e cauteloso. Havia um cara chamado Cristo que havia se sacrificado por nos e que logo voltaria para trazer salvação para os justos. Ele vivia em nossos corações e ao redor de nossos pescoços o crucifixo que é sua marca. Agora há apenas uma corda apertada em volta da garganta prestes a sufocar nos ate todo ar dos pulmões acabar. Deus não existe e Cristo era apenas um vagabundo que morreu em vão assim como os justos que clamam por justiça e salvação. Sonhos e crenças se foram com o tempo. Lavadas com sangue de inocentes e bombas que caem que nem chuva do céu. Não há brilho lá em cima. As estrelas estão todas mortas. Somos vigiados todas as noites por mortos a bilhões de distancias daqui. Não existe mais brilho nos olhos. São apenas lagrimas de dor e tristeza. Novidade foi substituída por continuidade e monotonia. A vida segue assim como o tempo. Os bons tempos se transformaram em cinzas. Se você não concorda com nada do que eu disse, talvez a palavra esperança ainda tenha algum significado para você. Mas se você é como eu e entende exatamente o que eu digo, só mais uma coisa: seja bem vindo ao grupo.

Cliche

A minha vida é um cliche barato e sem graça. Ate isso é um cliche. Se lamuriar num blog é um cliche.
Então vamos enumerar os cliches, fazer um lista, será que existe algo mais cliche do que enumerar seus problemas numa lista tipo top 5...
- Eu sou um escritor mediocre e sem talento ( reforçando assim o mediocre) que não consegue ter uma ideia original e decente ( algo cliche porque como todo mundo a minha veia artistica diz que eu tenho algo parafalar, mas acho que na verdade eu não tenho, então eu fico nessa de jovem bucolico e sofredeor para ver se eu escrevo algo que seja no minimo bom)

- Estou sozinho ( mas isso é normal, praticamente um cliche na minha ja cliche vida, ja que eu quase não suporto as pessoas, como podem notar eu mal me suporto, como poderia suportar outra na minha vida)

- Eu realmente sou vagabundo sem muito talento ( alem de sem talento, não a esforço, então flanar e escrever é o que sobra, mas cliche impossivel e eu sou mediocre como escritor que eu volto a repetir as frases. Vocabulario pobre, coisa triste)

- E quase me esquecendo... ela falou comigo... ela é a minha musa ( ate o apelido é clichezão e alem do mais cafona, e quando eu digo cafona, eu digo cafon ao estilo Wando)... mas ela vai embora e vai se casar... cliche tipico de novela mexicana.

Bem são por essas é por outros motivos que minha vida é um tremendo cliche. Ta agora chega que eu não aguento ficar falando merda... e merda tem limite ate mesmo para um cliche ambulante como eu

domingo, 6 de julho de 2008

estatico no tempo

Depois de acordar com o sol na cara - esqueci de fechar a cortina - e de levantar de ressaca com a imensa estatua do cristo de braços abertos olhando para mim, parei e pensei em algumas coisinhas que vem ocorrendo nessa arremedo cheio de falhas e doideiras que eu chamo de de vida:
1- Toda vez que você faz planos Deus, o grande senhor onipresente, da risada das nossas caras ( nesse exato momento ele ta morrendo de rir de mim)

2- Todos estão indo embora (bem não todos, a veia dramatica fala mais alto nessas horas, mas grande parte das pessoas que conheço) e partindo me deixando tão sozinho e desnorteado como um ilhado no meio do nada

3 - Mudanças sempre vem. Quando você acha que encontrou estabilidade, e terra firme para se segurar, o mundio se abre num abismo e te engole, então sem ter onde fincar os pes, você cai... nada é estatico. nada dura para sempre

4- Misturar caipirinha, vinho sangue de boi e cerveja itaipava 1 real a lata não faz bem para cabeça, pro figado e para o ego.

Mas talvez a duvida que mais mexa comigo é por que tenho a sensação de que o mundo ta passando e se modificando e evoluindo e se tornando e se metamorfoseando e sinto-me exatamente o mesmo sem nada demais, estatico, parado num momento que eu não consigo entender o que houve

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Momento Muiscal 2


Bem, aqui vai mais uma canção para aqueles que estão curtindo um fossa amorosa. Os "meninos" dos Wilco nos mandam esse leve e singela canção. Jesus, etc. Aqui vai...


Jesus, don't cry/You can rely on me honey/You can combine anything you wantI'll be around/You were right about the stars/Each one is a setting sun/Tall building shake/Voices escape singing sad sad songs/Tuned to chords strung down your cheeks/Bitter melodies turning your orbit around/Don't cryYou can rely on me honey/You can come by any time you wantI'll be around/You were right about the stars

medo das palavras

Demorei horas para escrever essas palavras que você lê nesse exato momento. Precisei de tres cervejas de garrafa para iniciar esse texto. É sempre assim. Ja ouvi falar que muitas escritores sangravam a alma escrevendo. Sempre achei uma palhaçada. Frescura, sabe... Mas agora me vejo no mesmo grupo desses escritores. Escrever é uma tortura. mesmo que me alivie e que me deixe mais calmo. Doi. Doi porque me faz remoer sentimentos. Reviver momentos e pessoas e coisas esquecidas na parte de tras e escura e suja da mente. tambem mostra como eu sou pessimo e mesquinho para escrever. Nada parece realmente como eu desejei escrever. O que está no papel nunca é tão bom quanto é apenas imaginado. Transpor o imaginavel em algo real é complexo e perde todo o romance. Todo a brutalidade e a pureza da obra se perde em parcas palavras e em baixo conhecimento literario. Há apenas reflexos do que poderia ser feito, um ou outro momento de beleza em um bando de banalidades. Os textos caem no comum. Temo escrever porque eu mostro o quanto eu não consigo... Escrever é encarar o quanto eu preciso amadurecer, mas é tambem é como brincar no parque, onde conheços os brinquedos, mas cada brincadeira é unica e cheia de excitação momentanea de uma criança. Sentar na frente de uma tela em branaco me fazer tremer na base... Mas o nada posso fazer alem de encarar esse temor e esse panico, escrever á para o sirvo, e nada alem disso, ou nisso acredito. Por isso continuo aqui, digitando essas palavras ate encher essa tela com palavras que pularam da minha cabeça... So assim mesmo... e a digitar e escrever vou continuar

terça-feira, 1 de julho de 2008

Mais filosofias sobre a vida


Como já disse Woody Allen “a vida só depende da maneira como iremos distorcê-la.”

Ando meio desligado...

Ando meio desligado. Na verdade, acho que sempre fui desligado. Apenas estou mais desligado do que o normal. Não consigo por os pes no chão. Estou flutuando. A milhares milhas de distancia. Andando em nuvens. Nuvens carregadas. Quando esbarro nelas levo choque. Mas quase não sinto. faz cocegas nos meus pes frios. As noticias que consigo agarrar evaporam. Vão e vem. Acho que sonho. mas sonho acordado. Sei que a unica coisa que quero e que você me queira. Mas toda vez que eu chego perto você evapora. Impossivel de tocar. Assim como o cêu e as noticias que chegam a mim de maneira fulgas. Sinto estar me fechando cada vez mais fundo. Lado de dentro ai vou eu. Então não me leve a mal. Boa noite. E durmo com os anjos