terça-feira, 15 de julho de 2008

explicar. sentir.amar.

Era difícil tentar explicar o que sinto... No momento sinto um vazio, um buraco, oco e profundo no peito. As coisas parecem difusas, a arte abstrata, o que significa isso?
Brumas, uma eletricidade que atravessa meus nervos, uma fumaça embaça os meus sentidos, não sei o que vejo, então, quase cego, dependo apenas das vozes na minha cabeça. Difuso. Quase errático. Os dias parecem estar estáticos, quase não passam. Perdido num vortex temporal. Entre o espaço e o tempo, entre dois momentos, o passado, os segundos que lembro dos seus toques e o adocicado gosto de seus lábios, e o futuro, cheio de incertezas e indecisões. Preso no meio, o presente, composto pela solidão e a saudade e falta que você me faz com a sua partida momentânea.
Um limbo cinza, preso numa sala sem portas e janelas. Vertigem. Caindo e caindo... Cada vez mais profundo. Está tão escuro. Desperte. Estou tão sozinho. Acorde. Estou muito assustado. Continuo preso no mesmo quarto antigo sem vida. Escutando vários barulhos. Sussurrando graves chiados bem perto do meu ouvido. Eu posso sair, mas preciso de ajuda. Aguardo o seu regresso, ate lá, eu estou aqui esperando, suspirando a cada segundo e esperando....

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