quinta-feira, 26 de junho de 2008

momento musical 1


E para os apaixonandos de plantão aqui vai uma muito boa do nosso amigo falecido infelizmente jeff. Para aqueles que amaram, mas que infelizmente desgastam seu amor com a pessoa errada:


While the city's busy sleeping/ All your troubles lie awake/ I walk the streets to stop my weeping/But she'll never change her ways/Don't fool yourself/She was heartache from the moment that you met her/My heart feels so still/As i try to find the will to forget her somehow/Oh i think i've forgotten her now/Her love is a rose dead and dying/Dropping her petals and man i know/All full of wine the world before her/But sober with no place to go/Don't fool yourself/She was heartache from the moment that you met her/My heart is frozen still/As i try to find the will to forget her somehow/She's somewhere out there now

ai,ai, ai

Bem, e foi assim que as coisas aconteceram. E claro que não deveria ter sido da maniera como eu queria. Ela pareceu na minha frente. Enquanto eu ia embora, ela apareceu. Do nada. E meu mundo ruiu. De nada adiantou preparação e rever a imagem varias vezes. Não adiantou treino, nem porra nenhuma. Na hora minha boca secou, minhas pernas tremiam e não sabia como agir. Me dividi. Ela disse oi e eu quase desmaiei. A abracei sem tentar sentir qul era o cheiro do seu cabelo. Quase morri. Quis morrer. Quis fugir. Sumir. Num passe de mágica. Teria sido mais fácil. Mas fiquei. Me sentei. Tentei conversar. Mas nada era possível. Não podia encará-la. Ainda não. Ainda a amo tanto e não passa...
Fui embora sentindo frio e escutando os outros gritarem por causa do jogo. Não pa rei de tremer. Talvez não fosse frio. Apenas amor mesmo
Como sempre deitei sozinho. Sem ninguém ao lado e nada para abraçar.
Não sonhei.

terça-feira, 24 de junho de 2008

As mulheres segundo Bukowski


- "as mulheres são as invenções mais maravilhosas do mundo"


- "eu não recomendo envolvimento com mulheres a nenhum homem".


- "Ambas as declarações são absolutamente verdadeiras. Não há contradição".


O que o velho safado quis dizer é aquilo que todo homem sabe... Mulher é foda- seja para o bem ou para o mal.

pastel com caldo de cana

Hoje parei numa feira para tomar um caldo de cana e comer pastel. Procueri por um tempo entre senhoras idosas, donas de casa, velhos sem mais nada para fazer, crianças pedindo esmola e feirantes que não paravam de gritar de um canto para outro. Na esquina encontrei um dessas barraquinhas ond evenfiam o caldo e os pasteis. Tinham varios tipos de pasteis, de palmito, carne, queijo, carne seca e outros que não lembro agora. tambem tinha um bolinho de aipim, seja rechado de carne moida ou carne seca. Acabei me decidindo por um caldo e um pastel de queijo.
Não sei porque fiz isso. Passava por essa feira todas as terças nesse mesmo horario e sempre a atravessa sem prestar atenção, so indo, me desvindo dos outros e nada mais. Hoje me veio essa vontade de pastel com caldo de cana. lembrei das minhas saidas com o meu pai. Quando iamos na feira e depois das compras ele pediam dois pasteis e dois caldos. Era otima. Sempre aos sabados. Lembro que essas eram um das poucas coisas que faziamos juntos. Ir as compras e parar naquela barraquinha para comer o salgado e aquele refresco. E so. Depois voltavamos para casa, caminhando, atolados de sacolas, e em certos momentos meu pai perguntava: "Tá muito pesado para você?" E eu querndo impressiona-lo dizia: "Não eu aguento. Sou forte". Ele nada dizia. E eu la, qause morrendo com aquelas sacolas pesadas. Iamos a pé segurando aquelas sacolas. Pensei nisso enquanto comia o meu pastel de queijo e o sorvia meu caldo calmamente. Tempos distintos aqueles. Paguei quatro reais pelo caldo e pastel. Antigamente eram mais baratos pensei ao pagar o feirante que dava mole para alguns estrangeiras perto de mim. Depois disso, com um gosto adocicado na boca, me pus a andar.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Pessoas Loucas


“As únicas pessoas que me interessam são as loucas, aquelas que são loucas por viver, loucas por falar, louca por serem salvas; as que desejam tudo ao mesmo tempo. As que nunca bocejam ou dizem algo desinteressante, mas que queimam e brilham, brilham, brilham como luminosos fogos de artifício cruzando o céu.”

Jack Kerouac


Isso me lembra um frase do Coringa: Como é bom ser louco!


Abaixo a sanidade! Viva a Loucura!

Baixa astral literario

Minha mãe sempre reclamou que eu vivia andando de cabeça baixa. "Olha pra cima, menino. Desse jeito você vai acabar caindo de cara no chão" Foi dessas palavras que me recordei ao ler o livro de estreia de Flavio Izhaki " De cabeça baixa". Engoli o livro em algumas horas na sexta passada. Tive o fim de semana para fazer a digestão. E ando fazendo a autopsia desse livro que literalmente me pegou de jeito. Narrado numa prosa elegantem porem simples, sem muitas firulas, somos jogados na pacata e sem graça vida de Felipe Laranjeiras, um escritor fracassado que se auto exilou em Curitiba, depois do termino de seu namoro e e das criticas ruins de seu primeiro livro "Desencanto". Num dia chuvoso, Felipe acaba encontrando seu livro todo cheio de anotações e uma dedicatoria. Obececado por descobrir quem foi que fez essas anotações, ele se ve na situação de voltar ao Rio de Janeiro e ter que encarar coisas que ele julgava perdidas e deixadas de lado. "De cabeça baixa" é um romance de formação ao contrario. O presonagem passa o tempo todo remoendo seus erros, sem fazer nada para mudar, ele vai seguindo em frente e nada mais, como se não houvesse evolução. O livro é muito bom, mais vai deixar um gosto amargo na boca de muito gente que ler.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

caras maus ficam com as garotas... ta bom conta outra

Um grupo de cientistas de não sei aonde - nem me dei ao trabalho de me esforçar a entender a noticia - descobriu que homens legais tem menos sorte com mulheres, e homens escrotos, babacas e cafajestes saem comendo geral - logico que eles não falarm desse jeito, mas é mais ou menos isso que eles quiseram dizer. agora alguem me diz: quem em sá consciencia vai fazer uma pesquisa tão obvia. Ninguem precisa ser cientistas para saber uma coisa dessas, eu não sei porra nenhuma de ciencia - na verdade, eu não sei porra nenhuma da maioria das coisas - e sei, ja faz muito tempo que homem bonzinho acaba virando amigo, e ser amigo hetero de mulher é roubada. Será que esse cientistas nãos tinham que pesquisar algo melhor, sei lá, será que não deveria buscar formas de curar a AIDS e outras doenças com maior eficiencia ou ate mesmo ver solução para explosão demografica no mundo, ou dar uma olhada nesse tal aquecimento global que está tão badalado entre as celebridades. Mas fazer uma pesquisa dessa é perda de tempo. E tão burrice quanto ser bonzinho.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Meu pecado

- Perdão padre, pois pequei.

- Diga-me qualfoi seu pecado, filho

- Tentar ajudar os outros padre. Tentar deixar tudo melhor para o mundo. Tentar fazer a diferença. Esse foi o meu pecado. Salvar as pessoas de si mesmo.

- Que Deus tenha piedade da sua alma, meu filho

Ilhado

Alguem me disse uma vez que eu era um meeeega fortaleza. Sim, exatamente desse jeito, "meeeega". Na epoca eu estav lidando com a descoberta que uma pessoa muito querida pra mim estava doente. Uma dessas doenças raras e lentas que definham a pessoa aos poucos e faz com que todos ao redor se sintam extremamente mal, pois uma doença dessa escala sempre nos recorda do quanto mortais nos proprios somos e que no fim das contas a vida acaba e a dos outrso segue e a nada que você possa fazer para mudar isso...
Eu estava nessa, e todos pareciam me procurar para pedir ajuda e requisitar conselhos, outras queriam apenas atenção. Uma ou outra queria apenas colo e um pouco de carinho. Apesar da minha solidão e alienação constante todo mundo parecia ter a mesma opinião sobre algo: supostamente eu sou capaza de lidar com todos esses sentimentos de perda e parece que sou bom para amparar e suportar esses pesos. Todos eles me procuram, e me ligam, e choram, e reclamam, e pedem explicação e sugam meu tempo e a boa vontade... e eu me pergunto porque? Sei que não sou nenhum santo, e não tenho cacife para ser martir, alem do mais eu sei o que acontece com quem gosta de passar por santo, acaba se fudendo.
Mas acho que eu entendo o porque de procurar, eu não sou uma fortaleza, eu sou uma ilha. Longe a milhoes de distancias do resto do mundo, e poucas coisas vivem nesse lugar, um pouco de esperança e algo de vontade ainda residem lá, mas a terra é infertil e incapaz de germinar coisas boas, há um floresta de temor, medo, raiva e distanciamento... nada de sombra e agua fresca... nada... estou ilhado e pela distancia eles me procuram, como se eu fosse uma ilha paradisiaca, mas na verdade a realidade é distorcida... no fim das contas eu estou ilhado

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dias dos bobos enamorados

Amor. paixão. Casais apaixonados andando de mãos dadas pelas ruas felizes e contentes. Saltitantes de ardor e carinho. Flores, cartões, perfumes, presentes de todos os tipos, ate mesmo chocolates. Declarações. E toda essa palhaçada. Mais um dia dos namorados, ou como eu ja apelidei, dia dos bobos enamorados. Logico que da para notar que eu sou um daqueles que se ressente pelos outros estarem acompanhados e eu não. Claro, acima de tudo, sou humano e é da minha natureza detestar e desprezar aquilo que não tenho. Não lembre que tenha tido algum dia dos bobos enamorados em qual eu não estivesse sozinho e carente. Para ser ainda mais honesto, nunca tive um relacionamento que pudesse ser considerado relativamente serio. E o unico que se aproximou disso, não durou mais que quatro meses. Mas sabe de uma coisa apesar de todo a minha amargura e do gosto constante de azedo na minha boca, ainda ha algo dentro de mim que acredite nessa palavrinha chamada amor. Ainda acredito em amor a primeira vista e em principes e princesas encantadas e todas essas coisas que parecem cada vez mais extintas nas nossas vidas cinicas onde sexo é uma moeda facil e que as pessoas so se mantem unidas por puro cotidiano. Ainda acredito... porque se não acreditar, acho que não estaria aqui ja faz muito tempo. Então, feliz dia dos bobos enamorados para todo mundo, para os casais e solitarios. Amor pode ser uma palavra indefinida para muitas pessoas, mas é dificil qualquer um de nos não ter sentido pelo menos uma vez.

terça-feira, 10 de junho de 2008

That´s all folks

Detesto ter que encarar o fato de que tudo uma hora ou outra na minha vida vai se tornar uma fotografia. Sabe como é... Uma vaga lembrança emoldurada na sua mente, as vezes escondida em baus abandonados e cobertos por teias de aranha, em outras em uma porta retrato ao lado da sua mesa de cabeceira onde ela é a primeira imagem que você enxerga pela manhã. Isso se chama lembranças. Todos os meus assim chamados amigos e companheiros estão indo embora. alguns apenas se afastam por não terem mais nada em comum, trabalhos opostos, questões diferentes, motivações distintas. Ou seja porque eles tem que ir embora, em busca de novas oportunidades, novos caminhos e vidas distantes. Tenho me segurado, mas tenho visto isso tudo acontecer, eles se formam na faculdade, entram em empregos, vão para outras cidades, se casam, tem filhos. conhecem outros amigos e aos poucos sei que a unica coisa que restara entre nos será essa antigas fotografias porque a linha tenue e fina que nos une será rompida com muita facilidade. Não havera mais festas e idas aos barzinhos, não havera mais historias e nem intrigas e ate mesmo fofocas, não havera mais segredos e trocas de experiencias, tudo isso será passado. Muitas vezes me pergunto como as coisas aconteceram, e eu cheguei aqui, meu maior temor a cada dia parece estar prestes a ocorrer, aquela solidão que nunca parece parar continua a me vigiar, e no fim das contas, so existira essas fotografias para que eu lembre que houve uma epoca onde existiu outras pessoas. E essas pessoas eu as chamava de amigos (as). É uma pena que foram embora.
Pra todos aqueles que se foram e que estão prestes a ir tambem. Um minuto de silencio

domingo, 8 de junho de 2008

Vocês sabem o que disse Ed Gein sobre as mulheres?


Ele disse: Quando vejo uma garota bonita andando na rua penso em duas coisas. Uma parte minha quer sair com ela, conversar, ser legal de verdade e carinhoso e tratar ela direito. Mas a outra parte sempre se pergunta: que aparencia teria a cabeça dela cravada em uma estaca?


Momento Pat Bateman, o psicopata americano.


Morte a todas modeletes! Fashion é a puta que pariu!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

abra os olhos

Abra os olhos!
Acordei atrasado, como sempre, novidade – mas por que atrasado? Não tenho pra onde ir ou o que fazer. Porque diabos eu estaria atrasado. O sol penetrava pelas frestas da janela. Dia ensolarado. Não tenho porque acordar – cadê a motivação? Sei lá, acho que joguei ontem de noite no vaso, junto com a minha auto estima – mas algo dentro de mim continua a ordenar que eu me levante.
Wake up and smell the coffee...
Minhas costas doem, meu corpo clama por mais descanso. Essa vida nômade está acabando comigo. Ficar dormindo nos sofás dos amigos não é aconselhável. O ministério de saúde adverte: dormir de favor na casa dos outros causa problemas sérios na coluna. Vai completar um mês que não tenho um quarto, casa ou lugar para chamar de meu. Não há lar, doce lar... Não há nada. Porra nenhuma restou. Apenas sofás incômodos, noites mal dormidas e amigos que se mostram prestativos que querem me ajudar, seja por amizade, ou por pena da minha situação desabrigada e desamparada. Mas o que posso fazer, eu escolhi esse caminho. Essa é a vida que eu decidi ter, on the road. Fante no coração, Bukowski no copo, e Kerouac na estrada – acho que li isso em algum lugar, não sei onde, mas gostei dessa frase. A vida a flanar. Sem destino, futuro é uma incógnita. Dinheiro, às vezes, mas tenho o bolso cheio de sonhos. Parece complicada essa vida, não é? Mas quando foi que viver se tornou moleza? Alem do mais eu gosto.
Paola, a amiga que me emprestou temporariamente seu sofá, já foi para seu trabalho. Assessoria de imprensa. Como a maioria das pessoas que eu conheço, ela anda infeliz e desgostosa com sua vida profissional. Talvez frustrada seja a palavra para se melhor definir o que ela sente.
“Ta um saco!” Berra andando de um lado para outro. “ Não agüento mais! A minha chefe é uma anta! Puro estresse! Vou largar tudo amanha mesmo!”
É sempre assim. E ela no fim das contas não sai do trabalho.
Numa dessas noites, ela voltou para a casa, exausta. Olhos pedantes. Deitou a sua cabeça no meu colo. Fiquei acariciando seu cabelo, quase dormindo ela me disse:
- Nunca se prostitua como eu. So to nessa pelo dinheiro. Mas eu detesto tudo. Nunca faça isso.
Não respondi nada. Apenas continuei acariciando a sua cabeça. Ela dormiu. Fiquei lá dando colo à noite toda. Achei que era o mínimo que podia fazer pela hospitalidade.
No dia seguinte quando acordei, ela já tinha ido, mas havia deixado um bilhete:
“Obrigado pelo colo. Estava precisando de carinho. Você é confortável”.
Beijos.
Paola”
A maioria das pessoas que eu conhecia da minha idade, já havia sido contagiada pelo vírus da responsabilidade e pela epidemia da busca incansável pela estabilidade. Paola não gostava, mas o emprego era necessário. O salário. O dinheiro era um mal necessário.
Eu curtia a minha vida irresponsável, sem dinheiro e sem conforto, vagabundeando por ai. Cachorro vira lata. Cão sem dono. E nada mais...
Pego uma boa xícara de café e olho pela janela o Rio sorrindo ensolarado. Deus como eu adoro essa cidade. Amo de paixão.
A rua beirava ao caos, os carros zunindo pelas ruas e pedestres passando, a cavalgada constante para as suas respectivas senzalas de trabalho.
O café estava bem forte. Aos poucos ele ia minando os resquícios do sono que ainda sobravam no meu corpo.
Assim passo os dias, acho que estou começando a cansar dessa vida de vadiagem que levo, talvez eu precise dar um jeito nela, arrumar um emprego, quem sabe um namoro, e ai um apartamento só meu, moveis, uma cortina, quem sabe uma teve bem grande e.... Por que estou mentindo desse jeito tão descarado e patético? Eu não quero, pra que fingir que eu vou fazer algo, mentir pra que? Chega a ser ridículo
Passe bem vida adulta.
Botei minha mochila nas costas, meu boné - inseparável boné - pus os fones no ouvido e fui pra rua. Algum dia eu ia ter uma casa mobiliada cheia de tralhas inúteis e fúteis com nomes pseudo-importantes escritos nelas, nomes de marcas que no fim das contas pouco me importam. Seria gordo, impotente e satisfeito o suficiente para não mudar nada na minha vidinha monótona e sacal. Seria velho e amargurado. Mais cínico e escroto. Teria filhos insuportáveis com uma mulher com o corpo de uma vaca leiteira que só saberia gritar e mandar em mim. Seria infeliz e cheio de contas a pagar. Seria um adulto socialmente aceito pela comunidade e pelo mundo em geral. Teria uma vida. Meu inferninho particular...
Mas ate lá... Eu continuo vagabundeando por ai...

(escrito logo apos assistir "into the wild" e reler pela vigésima vez "on the road")

intimidade é uma merda

“A intimidade é uma merda”, disse uma vez uma amiga por quem eu surpreendentemente me apaixonara perdidamente – como se houvesse algum controle na paixão, não é mesmo?
Mas não foi apenas isso. Continuou a teorizar:
“Intimidade só traz filhos e problemas. E ter filhos é um problema. Então é uma merda imensa de problemas. Isso é o que é intimidade. Uma merda.” Ela então inalou um pouco de nicotina, acelerando sua morte por câncer e depois expeliu a fumaça junto com essas palavras: “Intimidade é uma merda, sim, tanto quanto o amor é uma merda.”
Como assim o amor é uma merda. Ate entendo alguém dizer que uma relação seria – seja ela namoro, casamento ou apenas morar juntos – sejam considerados uma merda. O modelo de casamento, e relação seria, que tenho vem de casa, isso é, meus pais. E na me levem a mal, às vezes eles parecem felizes. Veja bem que eu botei “às vezes” na frase do lado por um motivo. Normalmente eles brigam, discutem, brigam mais ainda, não se falam, se ignoram, falam mal um dos outro pelas costas, daí voltam a brigar. Eles estão juntos a mais de 20 anos, mais ou menos, a minha idade. Meus vinte poucos anos já foram bem problemáticos e confusos, acho que se fosse casado e passasse mais vinte anos, eu estaria na merda. Mas na merda mesmo. Os relacionamentos sérios dos meus amigos também são exemplos nítidos de que relação pode ser uma grande merda. Vivem terminando, passando por fases, às vezes voltam, às vezes não. Sem falar que eles vivem dando explicação para tudo. Onde estão, pra onde vão, com quem estão, o que significa essa marca na camisa, quem é essa pessoa no seu orkut... Sabe esse tipo de coisa que é uma merda.
Pessoalmente, relacionamentos sérios, ou o namoro, é lembrado, através de algumas experiências, como algo parecido com a Idade das Trevas ou com o Holocausto.
Mas e o amor?
Primeiro de tudo, não dá para viver sem amor. Nem que seja do amor de um cachorro. Só entre nos querido leitor viver sem nenhum traço de amor é uma grande e fétida merda escrota.
Amor é bom. Mas como tudo na vida têm seus pros e contras. Assim como chocolate e uma noite de sexo.
Amar é bom. Ser amado é melhor ainda. Dizer a alguém que a ama e escutar um “eu também” é o paraíso, quase um orgasmo sentimental. Amar alguém que não retribui esse amor é uma imensa merda cavalar. Sentir dor de amar calado é sentir uma caganeira colossal.
A garota que disse que o amor é uma merda escutou a uns meses atrás “ EU TE AMO” saindo dos meus nervosos e tensos lábios.
Reação inicial: ficou pálida, o que é engraçada já que ela é morena, cara de boba e demorou para dizer qualquer coisa, nem um pio saia, acho que nem respirava, como se tivesse levado um soco na boca do estomago.
Houve aquele momento dramático cheio de tensão enquanto esperava uma resposta. Após se recuperar ela falou:
“Eu também...”
(alivio da galera! Explosão de emoção! Pode abrir o champanhe!)
Mas...
(sempre existe um “mas” nessas horas)
“...Só que eu sou galinha e não estou a fim de me envolver com ninguém nesse momento”
(UF! Essa doeu. Quem ficou sem ar agora fui eu.).
Dor no peito. Tontura. Falta de ar. Sensação que as lagrimas estão se formando em seus olhos. Perigo. Sinais primários de um coração em pedaços.
Como um bom homem, baixei a cabeça, respirei fundo e disse que estava tudo bem e entendia. Claro que quando ela partiu, eu a amaldiçoei, chorei que nem um bebe, me debulhei em lagrimas e lastima.
Bem, bem... Amor, amar, ser amado, amores em geral, no fim de tudo, a mesma boa e velha conhecida merda de sempre.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Hora dos Mutantes

Caralho! Esquece Lost! Heroes já era! Twilight coisa de viadinho emo! A boa pra quem gosta de ficção cientifica e uma boa aventura é Mutantes - Caminhos do Coração. Puta que pariu tosqueira da melhor qualidade, e como tosqueira não tem qualidade nenhuma ja da para perceber o tamanho da coisa. Dialogos que de tão fracos são sofriveis. Defeitos especiais dignos de filmes categoria D+. Atores de pessimas qualidades em atuações dignas de novelas mexicanas, a maioria descartados pela Globo. Cenas de ação que não tem nada de emocionantes. E sabe o que mais, tudo isso misturado vira algo muito bom, claro que eu digo bom para rir. Eu não assistia um capitulo de uma novela inteira desde que Vamp acabou. Hoje aos 23 anos, la estou em em plena terça feira dividindo meu tempo entre o ultimo episodio da temporada de Smallville ( o adeus do Lex Luthor foi foda) e aquela coisa chamada Mutantes. Ri muito. E vou assistir hoje de novo. Ontem teve um ataque de lobisomens no meio do centro de são paulo, e aquela ex paquita que eu não lembro o nome metia a porrada neles ao estilo Neo, sabe tipo, "Fatrix".
Sei que existe um comunidade na internet de pessoas como eu que adoro essa novela. E não é por menos, uma novela com todas as bizarrices possiveis. Pô exclente. Lixo de alto escalão. Feito com o dinheiro de milhões de crentes. Muito bom mesmo. Será que desde já não poderia ser criado uma ideia para terceira parte, sabe, algo como: caminhos do coração - parte tres - a ascenção dos mutantes bizarros. Imagina só. So mais uma coisa, depois de assistir a novela, mude de canal e assista a Superpobre. Tambem excelente entretenimento.

Campanha Mega Não - parte 2

Po, se é tão mega legal dizer Mega, já que ate mesmo as celebridades e as modeletes por ai dizem, por que combater essa praga? É iso que você deve estar pensando. Ou talvez você esteja pensando no fim da temporada de Lost ou ate mesmo esteja com a cabeça em outro lugar, ou ate mesmo esteja chapado e sua cabeça literalmente está nas nuvens. Mas se você estiver, por qualquer motivo que seja, lendo isso, aqui vai um explicação: É pelo simples motivo que é muito chato e irritante dizer MEGA quinhentas vezes numa mesma sentença. O pior não é dizer apenas MEGA, mas sim MEEEEGGGAA com tanto eufemismo. Incomodo para o ouvido e sem noção. Existe tantas outras palavras que podem ser usados no lugar de MEGA, como por exemplo, FODA, ou DO CARALHO. Claro que na tevê isso seria inadimissivel. Mas há outras possibilidades como por exemplo, tirar MEGA e incluir na frase ISSIMO, tipo, em vez de MEGA SINISTRO, seria apenas SINISTRISSIMO. Ha tambem outras possibilidades, como IRADO, SUPER, HIPER, entre outros tantos. Alem do mais essa coisa de MEGA supervaloriza tudo. Nada na vida pode ser tão MEGA legal ou MEGA sei lá o que. A vida não é tão boa assim, para tudo ser tão imensamente bom ( viu usei uma palavra com conotação grande sem usar MEGA, se eu posso, e eu não sou la o cara mais esperto do mundo, acho que você caro leitor, tambem pode). Espero que você repense bem o que está acontecendo no mundo e faça algo, temos que conter isso enquanto ainda há tempo. Diga Não ao MEGA!

O Evangelho segundo Tyler Durden


- Um momento é o máximo que se pode esperar da perfeição.
- Só se pode ressuscitar depois do desastre.
- Liberdade é perder toda a esperança.
- As coisas que antes lhe pertenciam passam a possuir você.
- Nada é estático. Até a Mona Lisa está se desintegrando.
- Às vezes você faz as coisas e acaba se ferrando. Outras, são as coisas que não faz que acabam ferrando você.
- As operárias são livres/Os zangões também voam/Mas a rainha é escrava.
- A camisinha é o sapatinho de cristal da nossa geração. Você calça quando conhece uma pessoa. Dança a noite toda e depois joga fora. A camisinha,não a pessoa.
-Só depois de perder tudo você vai fazer o que quiser.
- Se as pessoas achassem que você ia morrer, davam-lhe toda a atenção, se fossem vê-lo pela última vez, elas realmente o viam. Ela pode morrer a qualquer momento. A tragédia da sua vida é que não morre.
- Só destruindo a mim mesmo vou descobrir a força superior do meu espírito.
- Você não é o que faz para viver. Você não é a sua família e não é quem pensa que é. Você não é o seu nome. Você não é os seus problemas. Você não é a idade que tem. Você não é suas esperanças.
-Nossa geração não viveu uma grande guerra ou uma grande depressão,mas nós sim, nós vivemos uma grande guerra espiritual. A grande depressão é a nossa vida. Somos os filhos do meio da história e fomos ensinados pela televisão a acreditar que um dia seremos milionários, astros de cinema e do rock, mas é mentira.
- Tudo o que você mais ama o rejeitará ou morrerá. Tudo o que você já criou será jogado fora. Tudo de que você mais se orgulha terminará em lixo

terça-feira, 3 de junho de 2008

Campanha Mega Não - parte 1

Isso é MEEEEGGGAAA...

Eu não sei você caro leitor (se houver algum ai) mas eu estou cansado desse virus que vem acometendo a socidade mais jovem brasileira chamada Sindrome do Mega. Nessa doença - porque isso definitivamente é uma doença, e chamada pelos centistas de Megalus Ridiculus - o hospedeiro, tambem conhecido pelos especialistas como MEGANOMANIACO, é dissuadido pelo virus sem perceber a colocar em todas as suas frases a expressão MEGA, tornando quase insuportavel para um pessoa normal manter uma conversa decente sem que a outra parece uma total idiota sem nenhuma personalidade chata pra caralho. Bem, para o bem da especie humana nos devevmos combater esse virus agora quando algumas regioes do Brasil ainda não foram atingidas, a Amazonia e o Acre ainda não viram nenhum caso de mega. Mas com a facilidade de comunicação ( o msn, orkut, por exemplo) torna tudo mais complicado. Então junte-se a mim nessa jornada contra a virus Mega na campanha Mega Não. Você tambem pode dizer não ao Mega. Se não nos todos iremos nos tornar uns MEGAS... oMeu Deus eu ja peguei essa praga, é agora, salve se! Salve se enquanto ainda pode, porque isso é MEGA foda. Mega pra caralho a beça puta que pariu. MEGAMEGAMEGA AAAAAGHHJKKJ!!!!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

fabula

Essa é um pequena e bela fabula para as crianças e apaixonados de plantão.

Essa é a historia de Flora, uma linda princesa de cabelos negros como a noite e lábios carnudos doces como morangos silvestres. Sozinha, vegetava pacientemente em sua torre fortificada. Ninguém entra, ninguém sai. Ninguém se move, ninguém sai ferido. Não perturbe. Ela nunca havia se apaixonado. Não de verdade. Ate o dia, que de maneira quase mágica o Conde Gatuno chegou em sua vida. Com seus olhos azuis como o grande oceano, ele conquistou a bela Flora. Nos braços do amor ela se jogou. Fora de sua fortificação ela saiu. A bela princesa agora amava.
Nesse mesmo instante a Guerreira Zelda, que tinha uma amizade com a princesa Flora, conheceu um jovem. Ele disse que era apenas um peregrino. A Guerreira não precisava de ninguém, vivia sua vida sozinha, lutava todas suas próprias batalhas sem ajuda dos fétidos e traiçoeiros homens. Ela era auto-suficiente. Mas um homem havia roubado o seu coração. Zelda tentou conquistá-lo, chegou ate mesmo a roubar suas coisas só para chamar a sua atenção. Tudo em vão. Zelda não existia para esse homem. Zelda ficou desnorteada. O peregrino nunca teve ninguém. Sozinho ele era, e sozinho sempre seria. Mas ele gostava de Zelda. Ela lhe fazia bem. Assim os dois se juntaram.
O vento silenciosamente soprava. Soprava suave e levemente. Os tempos mudavam. La vinha a tempestade.
Por um tempo foram felizes desse jeito.
Flora com seu Gatuno imaginando cenas futuras para sua historia de amor.
Zelda tinha alguém para dar colo depois de um dia de batalhas.
O peregrino tinha aonde depositar suas parcas esperanças.
Então um dia a tempestade veio... e consigo levou as esperanças...
A Guerreira Zelda se sentia segura nos braços do Peregrino. Não o amava, mas era reconfortante. O peregrino começou a gostar muito da guerreira Zelda. A cada dia mais. Então ele lhe deu um presente. Seu coração. Porem Zelda não quis. Ela não era escrava de ninguém. E não queria o coração de peregrino. Alem do mais o homem que não a quis ainda estava em sua cabeça. O peregrino voltou a se amargurar...
O conde foi embora. Desapareceu. Deixou apenas um bilhete a jovem e bela Flora.
“Estou voltando para minha vida antiga. Foi bom enquanto durou. Agora de volta a realidade”
O coração de flora fora despedaçado como uma flor. Murchou. Desabou em joelhos e rastejando voltou para sua torre. A torre era agora negra. Sem entender o que aconteceu, ela chorou. E chorou...
A Guerreira ainda vive sua guerra particular sozinha, um dia de cada vez. Sozinha ela esta bem... Mas são nas noites que tudo fica pior. Nas noites ela nota o espaço vazio ao lado de sua cama que nunca será preenchido.
O Peregrino se foi... Pra onde quem sabe... Talvez tenha ido procurar algum lugar para depositar seu desgastado coração.
Essa e a dança auto destrutiva dos amores, a terra onde vegetam aqueles que amam... Quem disse que toda fabula tem que ter um final feliz.

apagar

Preciso de você
Desejo você
Sonho com você
Quero você
Amo você
Mas do que isso vale?
Isso vale alguma coisa
Pra você
Acho que não
Te encontro
Te provo
Te fodo
Te uso
Te marco
Te quebro
Jogo fora
Descarto
Lixo usado
Nada mais
E isso que você queria
Ser usada
Como você sempre é
Doce dor do amor
Isso é amar?
Você consegue amar?
Nos amamos de jeitos distintos
Mas o que é amar mesmo?
Me esqueça
esqueço
Me odeie
Odeio
Me machuque
Machuco
Me deteste
Detesto
Me apague
Apago
Me mate
mato

a espera de...

Segunda feira de manha. O Domingo é apenas uma lembrança distante e turvada para você. Como o tempo passa rápido quando a gente se diverte, não é mesmo? Relatividade. O tempo é relativo. Einestein. Cabeça nas nuvens, mãos no bolso do casaco surrado, enquanto espera o trem do metro. Você foi se arrastando para a estação. Esta podre de ontem à noite. Ficou horas bebendo com os amigos da faculdade. Ainda sentia aquele gosto amargo de cerveja passada. O estomago não esta cem porcento. A cabeça doía levemente.
No jornal de hoje, havia noticias sobre a morte de varias pessoas num acidente de ônibus em algum lugar do interior. Também havia fotos de uma jovem com biquíni minúsculo dizendo que havia tido um caso com um jogador de futebol. A tal modelo e atriz estava promocionando o seu novo livro e filme pornô. Você gostaria de tirar férias daquilo tudo. Da cidade a cada dia mais louca. Desses jornais vagabundos onde só havia desgraças, noticias supérfluas sobre celebridades e pornografia leve. Estava cansado de tudo. Às vezes acha que sua vida havia se tornando um grande nada sem graça. Cotidiano puro. Nada demais. Como gostaria de pedir pra outra pessoa mesmo que por alguns segundos, mesmo que por uma hora, ou quem sabe se ela fosse bem gentil, por um dia inteirinho, a vida dela. Só um pouquinho. Só pediria isso. Se tivesse dinheiro acha ate mesmo que pagaria um bom preço pela vida de alguém. Apenas desse jeito achava que as coisas seriam um pouco melhor.
O trem chegou. As pessoas se amontoaram na frente das portas dos vagões. Se apertando, se espremendo. As pessoas queriam chegar na hora, se importavam com isso, horários e deveres. Não sabia bem o porque, mas não se sentia na obrigação de correr ou chegar na hora. Na verdade, espera ansiosamente o dia em que fosse mandado embora. Despedido. Você com certeza não reclamaria, nem nada. Apenas sairia da redação com a com um tremendo sorriso no rosto e sairia sem se despedir de ninguém. Ate mais otários. Voltaria para casa.
Antes que as portas fechassem, entrou no vagão. Não havia lugares para se sentar, teve que ficar em pé. Normalmente já ficaria em pé. Hoje sentia vontade de ler. Havia comprado um pocket com alguns poemas de Ferlinghetti. Pensou num trecho que sabia de cabeça.
Estou à espera / do sentir algum prenúncio / da imortalidade / relembrando minha infância e estou à espera / que voltem as manhãs de esperança / que voltem os campos verdes da juventude.
Mas não tinha como ler o livro em pé. Pensava em estradas poeirentas e no ar batendo com força no rosto em quanto andava num carrão sem capota pelas estradas sem destino algum. Isso seria bom. As pessoas se apertam no vagão. Tossem. Falam alto. Escutam musica nos fones. A garota a sua frente, loira, magra, roupa de ginástica, os caras não param de olhar para bunda dela, escuta alguma musica eletrônica, uma batida constante e barulhenta.
Você chega a cogitar a possibilidade de por os fones também, quem sabe assim a viagem seria mais rápida, mas prefere que a cidade seja a sua musica. O olhar das pessoas, tosses, os peidos e arrotos secretos. Os espirros. O caminhar. A abertura da porta. As pessoas se espremendo para sair e para entrar. O fechar das portas. Mais tosses. Cochichos. Olhares. Mais gente com fones escutando musicas distintas. O bater de pernas e dedos incomodados. O tempo que passa. Atrasados. Nervosismo. Tensão. O sono das pessoas que ainda não passou direito. A falação. Mais tosses. O bater continuo da perna. A musica constante de uma cidade que não para. De pessoas que vem e vão. Que caminham, pegam ônibus e metro, trabalham, param para almoçar todos os dias, voltam aos trabalhos, saem e voltam para o ponto de ônibus ou para estação de metro, mais uma maratona para voltar para casa. E esperam ate dormirem e assim tudo de novo no dia seguinte.
Faltam dez minutos para as oito e meia. Está um pouco atrasado. Mas chegou no lugar. Ao sair com uma multidão de apressados pelas portas do vagão, Felipe sabe que esta a espera de algo... Mesmo não sabendo muito o porque seja isso que ele tanto procura.

seja...

Seja forte
Mandaram
Seja bom
Diziam
Seja corajoso
Falaram
Seja educado
Resmungaram
Seja um homem
Obrigaram
Da minha boca só sai
Sim mãe
Sim pai
Às vezes os adultos não sabem de nada

O despertar de um novo dia... ou talvez não

bem... essa foi a minha primeira noite como blogueiro e bem, não notei nada de diferente. Sabe achei que iria acontecer alguma coisa, uma mudança literal no decorrer da minha vida, um momento de insight, talvez a visão promissora do meu destino, mas que nada. Dormi mal como sempre, sofro de insonia desde pequeno, so dormia sendo porque meus pais me obrigavam. E ainda solitario. Ja faz um bom tempo que aquele espaço na cama me assombra diariamente. Que droga, talvez nada realmente mude.

domingo, 1 de junho de 2008

Tedio

Planeta é a bosta da Terra. A cidade: Rio de Janeiro que se vangloria de ser a cidade maravilhosa. Pra muito de seus habitantes isso não é nem um pouco verdade. O tédio está matando pouco a pouco Poeta. Esse não é seu nome verdadeiro, mas todos o chamam desse jeito. Tem esse apelido porque ele vive rabiscando num caderninho que guarda no bolso traseiro de sua calça. Não há nada pra fazer. Ninguém com quem falar. O animal acorrentado dentro dele ruge querendo se soltar. Foi abandonado pelos os assim supostos parentes. Agora ele está por conta própria. Mas não seria a primeira vez. Desde que se lembra como gente o Poeta se sentiu assim, solitário, o único ser do mundo. Sem vontade de nada e de ninguém. Não tem cabeça para começar ou terminar algo. É puro tédio. Está falando sozinho novamente.
“E ai, você esta legal meu chapa?”
“Vai se fuder seu merda! E não me chame de chapa. Parece coisa do meu pai.”
“Não precisa ficar nervoso. Só por você está sozinho e ninguém te ama e ninguém lembra para você”
“Vê se não enche a porra do meu saco, seu viadinho de merda”
“Se não vai fazer o que? Se bater? Vai bater em você mesmo”
Droga. Bosta. Merda. Se sente enlouquecendo. Perdidinho da silva. Entediado. Se distanciando. De tudo e de todos. Do mundo inteiro. Da realidade. Às vezes ele gostaria de passar os dias na cama. Só sentido os dias passarem. E o emaranhando de teias de aranha ao seu redor crescer ate virar um casulo. Cantando cantigas de ninar. Contando carneirinhos. Contando as horas e os dias. O dia nunca chega. Mas que dia é esse? O que espera? Não há dias especiais esperando por ele, não existe porra nenhuma de dia D em seu calendário. Eu não espero porra nenhuma. Não há nada para fazer. Vagando pelas ruas digita historias que ninguém vai ler. Escreve poemas que nunca serão entregues. Pensa em conversas e discussões que nunca teve. Tem aventuras e romances em lugares irreais e com pessoas feitas de sonhos e desejos não realizados. Deseja cama. Colo. Um amor maternal. Um afeto fraternal. Um carinho. Algo que lhe faça dizer “eu sou o homem mais feliz do mundo”. Vive milhares de vidas dentro da sua cabeça. E aquele buraco em seu peito vem crescendo. Era do tamanho de uma bola de pingue pongue. Agora e do tamanho de uma laranja. E nada parece tampar esse buraco. Nem fotos e nem as lembranças. Nem nada.
Poeta caminha, sem rumo, sô caminha. Não quer voltar para casa. Pois não tem casa para onde voltar. Tem o sofá cama na casa de um amigo. E um bico nojento. Assim ele vai indo e seguindo em frente. Isso não é viver, se chama sobreviver, obrigado a suportar.
Com as mãos no bolso, cabeça baixa, um túnel bem a sua frente. Ele leu em algum lugar – revista dominical, jornal, sabe lá onde – que as pessoas tem medo de entrar em túneis. Elas temem nunca mais sair. O velho medo do escuro e do desconhecido. Ele não tem medo de adentrar nesse túnel. Não se importa. Na boca do túnel um cheiro bruto de mijo e fezes o atinge, ha também um odor forte de fumaça no lugar, e ha uma imensa escuridão a sua frente e um ponto branco lá no fundo.
Estou tão entediado. É isso que ele pensa antes de entrar no túnel.

Curriculum Vitae

O nome do blogueiro é... Bem isso não importa, mas podem me chamar de Richard, ou Rick, mas apenas para os mais chegados – e do sexo feminino. Ola, tudo bem com todos? Acho que antes de qualquer coisa a gente deve se conhecer um pouco, não acham. 23 anos. E 24 só ano que vem, antes que algum de vocês pensem em fazer alguma piada. E sinceramente nem um pouco satisfeito com isso, mas dane-se. Estudo jornalismo numa faculdade paga e pouco vou as aulas. O sonho: ser escritor e só ate o momento. Ainda estou esperando a assim chamada vida adulta começar. Faço de tudo um pouco e me considero um pessoa legal, o que hoje em dia é bem difícil nesse mar de babacas insensíveis que vivem nesse mundo. Sou meio apático quando o assunto é o meu futuro, simplesmente por que eu não consigo visualizar nenhum futuro. É uma imensa tela preta. Escuridão pura e simples em seu estado mais bruto. Mas isso é culpa de quem? Da minha mãe relapsa por ter cortado o meu vinculo com o cordão umbilical muito cedo ao sair para trabalhar quando eu ainda era bem pequeno? Ou seria o autoritarismo desmedido do meu pai? Talvez fosse a quantidade excessiva de tempo perdido na frente da televisão? Ou quem sabe a culpa seja de Deus – a culpa não é sempre dele. O cara lá de cima, o senhor onipotente e onipresente. Ou pode ser que não seja culpa de ninguém. E que isso seja apenas uma fase. Que isso aconteça com todo mundo. Isso que eu apelidei de a crise dos vinte e poucos anos. Acho que já li isso numa revista. Ou livro?
Sobrevivo de free lances para uma revista voltada para o publico feminino. Esse trabalho acabou caindo no meu colo de para quedas. Simplesmente apareceu do nada, mas entro em detalhes sobre o trabalho mais tarde. Quase sempre matérias curtas e meio deploráveis sobre pseudo celebridades e um bando de blábláblá sobre o homem num mundo cheio de mulheres de atitudes. Também ficava atualizando o blog da revista com matérias e chamadas mais recentes. Era praticamente como conviver com o elenco do Sex and the City versão brasileira. Não é lá grande coisa. Uns trocados – uns 100 reais de vez em quando um pouco mais. Mas nada realmente que servisse para me sustentar. Por esse exato motivo ainda morava com meus pais, que por outro motivo ainda mais absurdos se mantinham casados por mais de vinte anos, acho que isso sim era bizarro, deveria estar no Guinness ou coisa assim. Também trabalho como monitor numa produtora de vídeos na minha assim “amada” faculdade. Ela vai ser fechada nesse ano, mas apesar de tudo eu adoro aquele lugar.
Nesse blog vocês iram ler um bando de baboseiras, e talvez no meio dessas palhaçadas algo importante e interessante e ate mesmo coisas realmente boas, mas acho realmente difícil. Bem, no momento é so.